Uma das mais típicas danças estremenhas, do verde-gaio diz Tomaz Ribas que, embora seja mais popular no Norte, «é na região entre o Lis e o Sado que o bailam melhor e mais a primor». No seu característico compasso binário, gravámos exemplares do verde-gaio nos concelhos de Sintra, Mafra , Lourinhã, Leiria, Porto de Mós, Torres Vedras, Cadaval, Alcobaça, Óbidos, Loures e Caldas da Rainha. De salientar que Armando Leça transcreve duas partituras de S. Martinho do Porto e uma de Torres Vedras, esta de bela melodia (...)Seleccionámos (...) um exemplar que gravámos em Olho Marinho. O informante José Antunes de Almeida toca flauta e, alternadamente, canta ele próprio, numa melodia singela e viva. Igualmente transcrevemos, do harmónio do exímio tocador António Probo dos Santos, uma sucessão de cinco verde-gaios, que ele executou, aliás primorosamente, como um só.
Joaquim Carvalho e Silvério da Silva tocando banjolim e violão. Torres Vedras, Maxial, 1988.
Não é uma dança muito antiga, já que a referência mais recuada ao verde-gaio parece ser a de João Paulo Freire, que o coloca entre as danças preferidas dos saloios nos finais do século XIX. Nem por isso é hoje menos popular, sendo a segunda dança que mais registámos em terras de Estremadura, ora tocada ao harmónio, ora à flauta (de sabugueiro, de cana e também de chaves adaptada), ao pífaro, na palheta, na concertina, à gaita-de-foles, no bandolim, na guitarra.A forma mais corrente que encontrámos de bailar o verde-gaio é a seguinte: duas rodas, uma interior, a das raparigas, e outra exterior, a dos rapazes, ficando os pares frente a frente, «desagarrados». De início, as rodas giram lentamente, «com os pés a rastejar». Depois, os pares agarram-se e os rapazes conduzem as raparigas, estas «às arrecuas», até ao centro, onde batem os pés («é batido»). Regressam de imediato às posições iniciais, agora recuando os rapazes, e recomeça a roda. Segundo o tocador de harmónio António Pereira, dos Casais Chiote, Caldas da Rainha, «para bailar o verde-gaio, é preciso ter pés de prata».
in http://www.attambur.com/Recolhas/Estremadura/Dancas/verde_gaio.htm
Joaquim Carvalho e Silvério da Silva tocando banjolim e violão. Torres Vedras, Maxial, 1988.
Não é uma dança muito antiga, já que a referência mais recuada ao verde-gaio parece ser a de João Paulo Freire, que o coloca entre as danças preferidas dos saloios nos finais do século XIX. Nem por isso é hoje menos popular, sendo a segunda dança que mais registámos em terras de Estremadura, ora tocada ao harmónio, ora à flauta (de sabugueiro, de cana e também de chaves adaptada), ao pífaro, na palheta, na concertina, à gaita-de-foles, no bandolim, na guitarra.A forma mais corrente que encontrámos de bailar o verde-gaio é a seguinte: duas rodas, uma interior, a das raparigas, e outra exterior, a dos rapazes, ficando os pares frente a frente, «desagarrados». De início, as rodas giram lentamente, «com os pés a rastejar». Depois, os pares agarram-se e os rapazes conduzem as raparigas, estas «às arrecuas», até ao centro, onde batem os pés («é batido»). Regressam de imediato às posições iniciais, agora recuando os rapazes, e recomeça a roda. Segundo o tocador de harmónio António Pereira, dos Casais Chiote, Caldas da Rainha, «para bailar o verde-gaio, é preciso ter pés de prata».
in http://www.attambur.com/Recolhas/Estremadura/Dancas/verde_gaio.htm
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