O risco de desenvolver um neuroma acústico, um tipo de tumor benigno localizado no nervo auditivo, aumenta com a utilização do telemóvel a longo prazo. Esta é a conclusão de um estudo conduzido pelo Instituto Karolinska (Suécia).
O neuroma acústico afecta uma em cada 100 mil pessoas e pode provocar lesões no ouvido e cérebro.
Depois de estudarem 750 pessoas, os especialistas determinaram que o risco de desenvolvimento do tumor aumenta 3,9% no lado da cabeça onde o aparelho é utilizado, em indivíduos que usam o telemóvel há 10 ou mais anos.
Das pessoas estudadas, 604 eram saudáveis e 148 tinham desenvovido um neuroma acústico. Destas últimas, uma em cada 11 pessoas tinha usado telemóveis durante, pelo menos, uma década.
O estudo abrange a época em que os telemóveis só dispunham de tecnologia analógica (segunda metade dos anos 90). Por essa razão, os especialistas interrogam-se se as conclusões seriam as mesmas caso o estudo envolvesse apenas terminais GSM - o standard que domina o mercado.
A Suécia pertence ao grupo de 13 países que colaboram no estudo INTERPHONE, coordenado pela IARC ("World Health Organization's International Agency for Research on Cancer"). O programa de pesquisa foi iniciado em 1998, com o objectivo de investigar os eventuais efeitos que a exposição humana aos campos de rádio-frequência dos telemóveis poderá ter na saúde.
O Instituto Karolinska é uma das maiores universidades de medicina da Europa e um importante centro de pesquisa biomédica. É também a entidade responsável pela atribuição do prémio Nobel da Medicina.
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